Se vieste ao meu céu com sede de ar,

inspira no fundo de ti,

revira o luar e sorri,

atira o teu nome

ao tecto do mundo.

 

Se tens no ouvido o sol da manhã,

as orações gregas da ordem divina,

debruça um lençol de gemido dormente,

namora o afago do embrutecido,

devora a temida anciã.

 

Se cresces de véu por ordem d’alguém

admira-te que este frangalho de riso

possa por ti dormir quase tudo,

esposando o qu’é mais preciso

gritando à chuva que vem

impondo uma só vil verdade:

retira-te

se entraste aqui por curiosidade.