Dizes “Não vou deixar a porta entreaberta”; mas só assim abaterá ela nas bátegas da rija face, curvando fragmentos e dentes-de-leão numa onda furiosa. Só assim sentirá que persiste em inocência, do lado certo da luz, fechando a penumbra quando as emoções assistem ao seu próprio parto. Só assim tu virás para viver; só com um estrondo que vibre as mais velhas tábuas das mais finas ripas do mais hirto e morto carvalho que ainda resiste às minhas mãos de semente.
Dizes “Não vou deixar a porta entreaberta”; mas o que dizes só eu o escrevo.